Tem dias que a vida não tem gosto de vida.
E que a luz da alma se volta pra masmorra.
Mais que isso, os olhos fitam sonhos apodrecidos.
As mãos se agarram ao que o coração quer largar.
A alma, edificadora de meu universo, se esconde.
As palavras domesticadas silenciam.
Os pensamentos gritam.
E cada segundo do relógio parece regredir um milênio.
Nesse regresso encontro-me desenhando palavras.
Codificando os sentimentos em versos.
Curvando-me mais a cada momento que os gritos parecem querer desistir de gritar.
Curvo-me na intenção de absorver com precisão os discursos que, agora, sussurram.
Conduzo os versos e seus sucessores cautelosamente.
Com cautela os uno e lhes invento ligações, nexos...
Ali unidos em conexões muitas eles nascem e sorriem.
Sorriem pra mim e por mim. E se entregam aos que os leem. (E cantam e encantam!)
Morgana Medeiros.
Também gosto de aproveitar os momentos de êxtase emocional para tricotar novos versos...Parece que a gente se dispõe a um diálogo conosco...que desemborca em emoção escrita poetisada!
ResponderExcluirAbsolutamente...E,cá entre nós,são os momentos em que mais escrevemos lindamente. ;D
ResponderExcluirE é terrível ficar perdida no próprio tempo, sensação de desamparo total.
ResponderExcluirUm beijo.
Nos perdemos em nosso tempo...e assim,acabamos por nos encontrar.
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