domingo, março 27, 2011

Como...


Como aceitar explicações

Que nada explicam?

Como encontrar tudo

No nada?


Como mudar a visão

Usando as mesmas lentes arranhadas?

Como entender a verdade

Carregada de mentiras?


Como perceber um minúsculo ponto branco

Em uma pura e cintilante seda branca?

Como enxergar

Se os olhos não querem ver?


Como ultrapassar

Se nem limites há?

Como entender o coração

Se não há emoção?


Como acreditar no não

Se todos os sinais dizem sim?

Como acreditar no sim

Quando todos os sinais dizem não?


Como chorar

Quando as lágrimas não querem rolar?

Como sorrir

Quando os motivos parecem nem existir?


Como não se machucar

Quando entre espinhos se está?

Como perguntar

Se nada do que foi dito ficou lá?

Morgana Medeiros

sexta-feira, março 25, 2011

Deusa Menina

Esse foi pra você,minha amiga,Cintía Maria.Amu-te intensa e imensamente!!bjuss.....


Sem pré-requisitos

Sem nenhum pedido

Você se fez abrigo

Tirou de mim o medo do perigo


Você gigante menina

Você que tanto me ensina

Você que, hoje, é tão minha amiga

Já faz parte das linhas do meu livro “Vida”


Sem perceber você faz jus ao significado de teu nome

Deusa

No entanto, tão frágil, tão sensível

Como uma menina que chora escondida


Por te conhecer

E contigo aprender

Venho a Deus agradecer.

Morgana Medeiros

quinta-feira, março 24, 2011

23


É o antes e depois

É o fim e o começo (nessa ordem mesmo)

É dois e três

É vinte e três


Na complexidade da matemática

É um número ímpar

Ímpar por sobrar um sem par

Ímpar por sempre me fazer lembrar


No fim do dia ele vem dilatar minha pupila

Esse número algo me instiga

Não faz sorrir e nem chorar

Só faz questão de lembrar


O dois é par

Mas é com o três que ele inventa de se juntar

O três quebrou a harmonia

E me trouxe melancolia


O três é dois mais um

Esse mais um

Tem sabor de Rum

Trás um amargo na boca


Vinte e três,

Você me desfez

Você rompeu antes do dia

Você roubou minha alegria


De tempo em tempo

Vou te ter em meu pensamento

Vou rompendo em dias

Pra fugir da letargia


Mas sei que sempre

Você retornará

E me fará lembrar

Que foi nesse dia que deixei o vento levar.

Morgana Medeiros

terça-feira, março 22, 2011

Então você veio adoçar a minha vida

Poema feito pela minha amiga Cíntia Maria em homenagem a mim.Sinto-me lisonjeada por tanto afeto.Obrigada,meu bem.Palavras são tão pouco diante de tudo que sentimos.Amo-te.Bjuss... Morgana Medeiros


De longe você me fitou

E sem querer me cativou

O mar fomos olhar

E começamos a nos admirar


Dona de olhos mais brilhantes que o luar

Viestes me iluminar

Conexão sem igual

Com você sou extremamente leal


Ternura e encanto

Só em você eu encontro

Toda manhã você chega pra irradiar

E a paz vem me entregar


Pra você eu rimo em versos

E me perco em seu universo

De encanto sem igual

Tu me és fundamental.

Cíntia Maria

segunda-feira, março 21, 2011

Dias


Tem dias que tudo que quero é sumir

Tem dias que não quero nada assumir

Tem dias que só quero uma música ouvir

E faço diversas vezes ela repetir

Tem dias que desejo o mundo inteiro abraçar

Tem dias que quero apenas me calar

Tem dias que nada me justifica

Tem dias que só quero a solidão da minha companhia

Tem dias que minha mente fica tão vazia

Tem dias que estou em euforia

Tem dias que só quero o colo da melancolia

Tem dias que não tenho com quem falar

Tem dias que só quero conversar

Tem dias que pareço bêbada

Sem ter tomado uma única cerveja

Tem dias que vivo

Tem dias que morro

Tem dias que não quero de novo

Tem dias que tenho como um sonho

Que de tão bom repudio seu fim

Tem dias que nem quero dormir

E outros que não queria em mim

Tem dias e dias e dias... Desses dias se faz a minha vida!

Morgana Medeiros

sábado, março 19, 2011

Sem nexo


Argumentos sem nexo

São observações sem base fixa

Tu vens me dizer como proceder

Com teu achismo vazio


Ah... Não vem me dizer o que fazer

Deixa eu ir me fazer,refazer..desfazer

Não quero nada entender

Não quero ouvir o que tens pra me dizer


Fique com esses argumentos pra você

Pára de querer me controlar

Não quero mais ouvir essa balela

Não quero mais essa conversa


Ah... Não me vem com essa tua reza

Que eu tô com pressa

Não vem querendo me convencer

Eu não tenho nada pra você


Não espero nada de ti

Na verdade, de ti eu quero sumir

Ah... Pára de rimar assim

Que hoje eu não tô afim.

Morgana Medeiros

segunda-feira, março 14, 2011

Esse tal de amor


Vejo a vida correr

E vai num vai ele aparecer

Se faz de amigo

Fingi não ter nenhum perigo

 

Mas quando você vê

Ele já dominou você

Te sussurra ordens

Até que você, a ele, se molde.

 

É feito andorinha que não sabe, ao certo, onde pousar

Pousa aqui, pousa lá

Sem nem ponderar se, realmente, vai vingar

E depois sai a vagar... Sem nem saber se vai voltar

 

Esse tal de amor

Só quer amizade com a dor

Na verdade, parece ter um contrato com ela

Que no final será sempre assinado pelos dois

 

É ele que está em tantas poesias

É ele que dá vazão a nostalgia

Fugir dele não dá!

Por mais que não queira, ele sabe conquistar

 

Sua retórica fascina

Sua ideologia faz os olhos brilharem

Sua filosofia vicia

Depois disso... Nos guia!

 

Edificador de elos!

Mas costuma partir

E destruir esses mesmos elos

Tantos afetos, tantos complexos...

 

Ao partir, para outro ser envolver

Ele deixa na estante da alma

O retrato do clímax

Daquele momento que ele sussurrou: É pra sempre.

 

O amor em mim sempre viveu

Só que no meio do caminho se perdeu

Mas sempre volta pra me visitar

E apesar de tudo... É sempre ele que me faz delirar!!

 

                                                                                      Morgana Medeiros