segunda-feira, março 14, 2011

Esse tal de amor


Vejo a vida correr

E vai num vai ele aparecer

Se faz de amigo

Fingi não ter nenhum perigo

 

Mas quando você vê

Ele já dominou você

Te sussurra ordens

Até que você, a ele, se molde.

 

É feito andorinha que não sabe, ao certo, onde pousar

Pousa aqui, pousa lá

Sem nem ponderar se, realmente, vai vingar

E depois sai a vagar... Sem nem saber se vai voltar

 

Esse tal de amor

Só quer amizade com a dor

Na verdade, parece ter um contrato com ela

Que no final será sempre assinado pelos dois

 

É ele que está em tantas poesias

É ele que dá vazão a nostalgia

Fugir dele não dá!

Por mais que não queira, ele sabe conquistar

 

Sua retórica fascina

Sua ideologia faz os olhos brilharem

Sua filosofia vicia

Depois disso... Nos guia!

 

Edificador de elos!

Mas costuma partir

E destruir esses mesmos elos

Tantos afetos, tantos complexos...

 

Ao partir, para outro ser envolver

Ele deixa na estante da alma

O retrato do clímax

Daquele momento que ele sussurrou: É pra sempre.

 

O amor em mim sempre viveu

Só que no meio do caminho se perdeu

Mas sempre volta pra me visitar

E apesar de tudo... É sempre ele que me faz delirar!!

 

                                                                                      Morgana Medeiros

 

2 comentários:

  1. Uma poetisa! Bela como quem a criou. Tudo que uma pessoa sensivel precisa saber desse tal amor - paradoxal, colar as peças nunk são faceis mas quando coladas torna-se um diamante.
    Bjo (L)

    AlissonVieira.

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  2. Oh,meu bem!!Agradeço o carinho e elogio!
    Eh...esse tal de amor!! ^^ Bjuu...

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