Quero a imprecisão genuína do bebê
E a liberdade singular da gaivota
Aquele sonho que um dia joguei fora
Quero o aprendizado do soldado que voltou da guerra
Quero alguém que me diga o que não sei
E me mostre com sutileza o caminho que larguei
Quero o insistir incansável da criança
E a leveza que o artesão forma a sua obra
Quero a firmeza do mar
E a complexidade dos ventos
Quero o que nem nome tem
Quero apenas o que me convém
E o não me convém.
Infinitos e íntimos desejos fazem parte de mim
Deixam-me sempre afim
A fim de ir, de fugir, de consumir
Quero a insistência do velho coração em bater
E a realização da mulher ao olhar seu bebê
Quero o infinito e tudo o que vem depois disso
Os paralelos que se encontram nesse infinito
Quero o realizar do sonho
E o desenrolar dos contos
Quero o toque da brisa em meu rosto
E um carinho dengoso
Quero ser as ondas do mar
Por onde os barcos vão navegar
Quero a alegria extravagante daquele que lutou e saiu vencedor
E a força daquela menina que sorrir em meio à dor
Quero o orgulho humilde do pai ao falar dos méritos de seu filho
E o brilhar dos olhos do menino que foi reconhecido
Quero uma platéia eufórica
A gritar por mim
Quero a insanidade sã dos loucos
E a amiga melancolia
Quero infinitamente explicações
E conjunções
Quero a epifania.
A súbita sensação
De que tudo está
Onde, realmente, deveria está.
Morgana Medeiros
Eu também quero tudo isso. Gostei muito!
ResponderExcluirEntão...posso dizer,que são nossas pretensões...
ResponderExcluirBjus,amiga!! =)