Sentando com cansada mente.
A mente que mente pra mim.
O alvo que vivi fugindo afim.
As mãos sustentam carinhos invisíveis
Os pés caminham em estradas irreais.
O vão se torna quase irmão. Nem queira saber nossas intimidades!
A amizade abre tantas exceções! (Isenções!!)
O amor exige tantas privações!
A vida é mesquinha.
As coisas não vividas não são esquecidas,
Logo, como diz Quintana, continuam acontecendo.
Mesmo sem acontecer ou ter acontecido. (!)
É. É assim, meu bem! Acredite!
Basta um passo e trilhões de compassos te seguem.
Sorte se forem aliados. Azar se forem cargos.
Ah, meu bem, eu te avisei.
Apontei com o dedo e te mostrei com o coração.
As coisas são e não são, porque são.
Viva, apenas! E não pense que seja pouco.
É muito, é tanto. É tempo. É arte.
Ah, o tempo!
Não confie nele, amor!
Apenas aceite-o. Apenas sorria pra ele, vez ou outra.
Ele é aliado, mas ambíguo!
Ora te traz alívio, ora te trará açoite.
Mas é bom, amor! No fundo, é bom!
Ele é maestro, é mestre.
Mas não pense que ele te fará apagar nada.
Ele, apenas, ameniza as dores pra que você possa viver. (Mas não apaga-as!) Nunca!!
O tempo, meu bem, é aquela brisa suave que arrasta as folhas, que atrai fluidos, que espalha uns, separam outros, que destrói, que limpa um lugar, e com a mesma sutileza, revira outro.
Ah, amor! Certas coisas, por mais que se explique, não se entende!
O lance é viver! É passar! O lance é se deixar, se entregar e acima de tudo, sorrir e se quiser, chorar. Essas são as experiências maiores da vida, as imperdíveis do viver!
Morgana Medeiros
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