sexta-feira, outubro 21, 2011

Quando eu morrer!


Quando eu morrer quero que o dia amanheça azul. Quando eu morrer! Nesse dia desejo que os pássaros apareçam numa serenata e que o mar dance celebrando a minha vida.
Não quero lágrimas, não quero lamentos. Quero canção, quero celebração, quero um samba, quero uma bandeira (azul) hasteada.
Quando eu morrer vou deixar minhas mãos nas mãos que entrelacei, vou deixar meus lábios nos lábios que beijei, vou deixar carinhos na face dos que amei.
Quando eu morrer!

sexta-feira, outubro 14, 2011

Viver!


Afinal, o que é viver, se não uma jogada?!
Uma jogatina desgraçada, disfarçada!
Uma saga! Uma farra!
Um ferro, que fere, e que logo sara!
Um cãozinho tristinho que arrebenta com tua cara!
Um vão, em vão, cheio de não. Uma farsa!
E um coração que se enche de vermelhidão. Pulsa!
E uma solidão tão sociável. Caça!
Uma mão fofinha e fria. Corrida!
Um abraço que espreme e mata!
Faz matar, faz caçar, faz berrar. Cansa!
Viver é morrer todos os dias. Pena!
Viver é esgotar em agonia e euforia!
Viver é sofrer, chorar e sorrir até matar!
Matar a caça, a farsa, a VIDA!

                                                                  Morgana Medeiros.

quarta-feira, outubro 12, 2011

Meta


Vivo a meta de uma metavida
E a decência de um simples convite.
Estou além de minha visão.
Conheço métrica e canção.

Sou morada de um metamor.
Sou criada de um constate cogitar.
Vivo num exílio chamado “eu”.
Percebo me desconhecedora de cômodos desse viver.

A meta de minha metavida
É de não ser mais maltrapilha.
É seguir a meta de uma metadistância.
É ironizar da meta de minha metavida.

Pois a meta que me mete medo
Vive virando-me do avesso.
Meta da meta que me metra a visão.
Forja uma força (que fere!) fora da ficção.


                                                                                                                             Morgana Medeiros.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Ontem


Ontem cantei um choro.
Sorri um lamento.
Dancei nas lágrimas.
Sambei fora de tempo.

Ontem fui à praça.
Quebrei a taça.
Rasguei a carta.
Cantei com graça.

Hoje sou sorriso.
Sou improviso.
Hoje sou águia.
E um punhado de areia.

Hoje tenho certeza.
E, um tanto, de tristeza.
Tenho um sorriso de canto de boca.
E uma euforia que me torna louca.

                                                                                              Morgana Medeiros.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Coisas Davida!


 Lembro-me daquele amor...
Surpreendente, suave, lindo.
Ela que brilhava os olhos ao olhá-lo
Ele que soltava o sorriso mais lindo ao vê-la.
E quadras, e monitorias, e corredores
Serviam de palco.
Era ali que se passava, PASSAVA, aquele amor.
Mas vieram as regras, vieram as leis, vazias em amor,
E a trouxeram dor, e impuseram o fim daquele amor.
Mas ainda hoje causa dor, ainda hoje a interrogação machuca.
Assim, a vida segue, mas o sentimento é vivo. E teima em viver.
E eu falo e brinco: são coisas Davida!
É, as coisas, nessa vida sempre ficam!
Ficam pra trás e ficam em nós!
Ficam assim. Ficam afim.

                                                                                              Morgana Medeiros.