terça-feira, julho 31, 2012

Poema Insano




É que de tão louco, o homem, são é.
Depois de deveres insanos.
E uma sequência de passes confusos.
A loucura é sã.
            As mãos são suas, mas não trabalham por você.
            Os pés teus já não caminham os teus passos.
            Os olhos, meu bem, já não fitam o que atrai teus olhos.
            E os braços já nem se importam com que agarram.
São seus.
Mas não estão por ti. Não são pra ti.
Nem te poderiam ser.
As coisas só precisam se deslocar.
E tudo precisa ser mais teu.
Em tudo precisas ser tu. Apenas tu.
E aqueles outros mais.
Se der, que assim sejas.
Se não... Viverás assim, vazio de si.

                                                                       Morgana Medeiros 


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