sábado, março 03, 2012

Tão escuro.



Cá estou eu.
Sentindo falta do que vive fugindo de mim.
Sucumbindo feito um soldado atingido.
Escrevendo no escuro,
Confundo as linhas.
Confusa, só questiono.
O silêncio, aqui, não conforta.
A resposta em mim não encosta.
E estou só.
Numa batalha que luto sozinha.
Numa causa que é apenas minha.
E tudo é tão escuro.
No estômago sinto um murro.
Minha alma só ouve insultos.
Lançam-me lanças de cima de um muro.
Tornando em mim,
Tudo um pouco mais escuro.

                                                                                  Morgana Medeiros

2 comentários:

  1. E no escuro nascem palavras que vão clareando, pouco a pouco, novos poemas!! muito bom MOrganita...W.

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  2. Pois é,meu amigo.É na escuridão que o clarão se destaca.Obrigada.

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