domingo, janeiro 22, 2012

Aquilo das dúvidas...


Aqui, dúvidas como flechas, lançadas por quem (quê) desconheço,
Alcançam meu coração.
Pobre coração. Tão cansado de tudo.
Tão sedento por tudo.
É punido sem perdão.
Cada flecha, com seu próprio e distinto veneno.
Cada flecha, leve e cruelmente, instala-se em meu coração.
Multi-envenenado. Está corrompido.
Milhões de efeitos experimenta meu coração.
Intrigado sem saber a procedência de tais.
Confuso por estar multi-envenenado.
Calado por se encontrar, incomumente, afetado.
Por tantos lados. De tantos modos.
Os efeitos dos venenos, as reações às flechas.
As dúvidas. Tantas e tantas dúvidas.
Tantas e tantas cenas.
Tantas e inúmeras palavras.
Dúvidas. Dúvidas!
Existe veneno mais cruel pra um pobre e frágil coração?!
Pois aqui, não há apenas uma. São muitas.
São tantas dúvidas!!

                                                                                                                Morgana Medeiros



quarta-feira, janeiro 18, 2012

Pobres poetas.

Pobres poetas amantes!
Amantes, não-amados, mal amados.
De sorrisos tristonhos e olhar marejado.
Porém, nunca... nunca calados.
Em versos derramam-se as dores e alegrias.
Tão antigas, porém vivas. Bem vivas!!
Que se entregam ao papel através da tinta.
Que se derramam no mar feito um rio que está sempre a procurar.
Pobre poeta!
Que se encontra ao se perder.
Que sonha em tudo, sem nada ser.
E pede, aos deuses, um lugar seguro.
Quando se assombra com o escuro.

                                                                              Morgana Medeiros

                                                               

Parabéns.

Parabéns pra mim.
Por manter-me viva.
Por permanecer na ativa. 
Pelas lágrimas que chorei. 
Pelos versos que borrei. 
Pelos sorrisos que compartilhei.
Pelas ideias que deixei e por aquelas que agarrei. 
Pelos amigos que ganhei. Pelos que se foram, mas ficaram. 
Pelos sonhos que sonhei, mas que não realizei. 
Pelos que sonhei e por eles lutei. 
Parabéns pra mim. Pra nós. 
Para meus eu’s que ajudam-me a sustentar o ar no pulmão. 
No coração. Na alma.
Nesse dia a alegria me visita, pois estou viva!! 
                                                                 Morgana Medeiros