terça-feira, setembro 27, 2011

Amigãos


Á vocês, meus amigãos, que abrilhantam minhas manhãs.Com muito carinho.

É. É assim mesmo: Amigãos.
Amigos que são irmãos.
Que sorriem do irreal, que discutem sobre o que é mal.
Que se unem na esquina, que alguns chamam “esquisita”.
Que a ventilação uniu e nem ela conseguiu separar.
Andamos em par, apesar de sermos cinco.
Linhas que se fundem, linhas que se unificam.
Vocês, meus amigos, sempre os levarei comigo!

                                                                                                              Morgana Medeiros 


Graça

Graça é encontrar uma vidente de calça!
Graça é caminhar sozinho e sorrindo.
Graça é entregar uma rosa na mão do menino.
É olhar o céu e observar o passarinho. (Tão verdinho!)
É encontrar a criança te fazendo um carinho.
É trazer o pão a mesa, é nadar na natureza.
Graça é andar pisando os rituais, é entender que eles são banais.
Graça é escrever no chão, é estender a mão.
Graça é a beleza de uma gargalhada e a leveza daquelas pisadas!
Graça vem de lindo. Graça vem através de Cristo.

                                                                                                                             Morgana Medeiros 

sábado, setembro 24, 2011

Cansei


Cansei desse insistente vem.
E querer teu bem.
Cansei dos teus carinhos desejar.
E de contigo sonhar.

Cansei de te querer.
E de não tentar te esquecer.
Cansei de insistir.
E de tua imagem colorir.

Cansei de sonhar com teu sorriso.
Cansei de, em ti, procurar abrigo.
E de lembrar de teus sussurros.
E de reverberar teus murmúrios.

Cansei de te guardar em mim.
E de reservar teu lugar assim.
Cansei de sonhar com seus carinhos.
E de te entregar miminhos. Cansei e já desisti!

                                                                                              Morgana Medeiros.

domingo, setembro 18, 2011

Buraco Negro



Em um negro buraco
Nossos sentimentos foram lançados
A passos largos fomos afastados
Em vez de ponte, hoje estamos afogados

Os sentimentos se vão
São vãos
Nada são, depois que se vão
E nada fica... Se não feridas.

Mas as feridas nunca serão esquecidas
Em dias que estiverem doídas
Deixarei serem sentidas
Em dias que quiserem atenção, sentarei no chão.

Mas deixa ir
Pois a razão grita em meu coração
Exigindo explicação
Desejando consolação

Nesses dias que não me encontro
Retratos coleciono.
Poemas componho
Em versos me ponho.
                                                                                                                             Morgana Medeiros

domingo, setembro 11, 2011

Ser poeta.


Ser poeta é viver mergulhado num oceano peculiar.
E sair vez ou outra desse mar.
E mesmo saindo, sai encharcado das águas da poesia.
Que proporcionam ora letargia, ora euforia.

É ser sozinho e cantar mesmo assim.
É reconhecer carinho em forma de versinho.
É ser superior e menorzinho.
É ser andarilho que admira os céus e caminha mansinho.

É encontrar nos destroços da despedida.
O néctar precioso de uma margarida.
E vasculhar o caos, sofrer com ele.
E escrever lindamente sobre este.

É viver a arte, cantar o amor!
É chorar com as idas, e sapatear com as voltas.
É caminhar com uma letargia quase morta.
É colorir as paisagens daquilo que nunca volta!

                                                                                                                             Morgana Medeiros.