sexta-feira, setembro 12, 2014

...

Escrevo hoje 
Porque ontem não vi o sol
E hoje o céu não girou azul
A lua nem apareceu.

Escrevo hoje
Porque ontem continua hoje
Como se não houvesse a noite
Para findar o dia. Ou o sol pra iluminar a trilha.

segunda-feira, setembro 01, 2014

Retorno

Depois de perder meu email. Depois de um ano. Depois de muitas tentativas para reativar meu blog. Finalmente consegui!! Estou de volta por aqui.

domingo, março 17, 2013

Gotas



Não me leve a mal
Me leve apenas pra ver o mar
E o pôr do sol...
Dê-me carinhos e
Encha-me de certezas. E dúvidas.
Porque quem não tem amor,
Tem pobreza.
Não me leve apenas.
Mostre-me o caminho.
Os caminhos muito me interessam.
Seguir sempre será mais preciso.
Novidades são fôlegos:
Injetam, um pouco, mais de vida.
Dê-me sorrisos bobos,
Momentos leves e eternos.
Não me leve a mal...
Quero apenas um bocado mais daquele carnaval!

                                                                                  Morgana Medeiros        

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Sobre a mutação das coisas...


O que não foi.
Em mim é.
E nem sei se será.
Mas não serei sempre.
Apenas sou hoje.
E talvez amanhã.
Mas além disso.
Não há!!



                                                                     Morgana Medeiros 

domingo, novembro 11, 2012

Minha menina!



Para minha pequena Yasmin. Minha menina!

Minha menina, como você cresceu!
Como teus passos, hoje, são tão firmes.
Teu olhar tão decidido.
Tuas palavras tão fortes.

Minha menina, teu olhar me traz esperança.
Teu carinho, herança.
Ah, menina.
Quanto encanto num jeito só. Num ser só. Num único ser!

Minha menina, teus louros cachos.
Leves e lisos e santos e puros.
Exalam uma canção ao toque do vento.
Que adoro ouvir.

Corre menina!
Viva... Sonhe... Cante... Encante.
Me toque com sua vida.
Pois tua existência me arranca a ausência.

                                                             Morgana Medeiros


                                                                                               


domingo, setembro 23, 2012

Simplesmente




Você não sabe, Clara?
Que quanto mais o mundo gira, mais a verdade é desconhecida.
Que a cada escolha muitas outras são rejeitadas.
E quase nunca são as certas. (Se é que a certa existe!)

As coisas são, menina. Apenas são.
Se bem que, por vezes, vão.
Os acontecimentos são bolhas que logo desaparecem no ar.
E nossos olhos se fecham pra espuma não machucar.

No entanto, a necessidade de tê-los nos leva a insistir e olhar.
Daí quando a bolha rompe, ferindo-nos os olhos, nos pomos a chorar.
Ando tão feliz, Clara.
Que não me importo mais com tais bolhas.

Sopro-as pra longe.
E deixo-as romper longe de meus olhos.
Apego-me ao devaneio da felicidade e vou.
E sendo assim costumo driblar o fim.

                                                                               Morgana Medeiros



terça-feira, julho 31, 2012

Poema Insano




É que de tão louco, o homem, são é.
Depois de deveres insanos.
E uma sequência de passes confusos.
A loucura é sã.
            As mãos são suas, mas não trabalham por você.
            Os pés teus já não caminham os teus passos.
            Os olhos, meu bem, já não fitam o que atrai teus olhos.
            E os braços já nem se importam com que agarram.
São seus.
Mas não estão por ti. Não são pra ti.
Nem te poderiam ser.
As coisas só precisam se deslocar.
E tudo precisa ser mais teu.
Em tudo precisas ser tu. Apenas tu.
E aqueles outros mais.
Se der, que assim sejas.
Se não... Viverás assim, vazio de si.

                                                                       Morgana Medeiros