Indiferença

A indiferença é o copo meio vazio

É um toque,nada macio

É um frio tão sombrio

É o vazio do vazio.

É o presente que não quero abrir(nem receber!)

É a comida sem sal

É o céu sem estrelas

É uma dor indefesa.

Desejo Intenso

Pego-me sonhando

Deixo-me levar

Por intenso encanto

Um dia vou olhar e até chorar

Desejo uma realidade

Que não é minha

Quero um mundo

Que não é meu (Nem sei como pode ser!)

Fico encantada

Com aquele universo

Mas não sei o que fazer

Ele parece não me reconhecer

Trocaria de pele

Mudaria o estilo

Esqueceria o resto do todo

Só para ter o prazer de,dele,parte fazer

Quero me sentir a vontade

Que a vida me abrace

Sem maldade

E que mostre os sonhos,de verdade

Quero o lugar

Onde as palavras me sejam amigas

Quero o fluir frenético da poesia

É esse lugar que me aninha.

Meu sentimento ambíguo

Mas...de onde vem,mesmo,esse sentimento tão ambíguo e nada amigo que me consome,impõe em mim um peso e um risco?!Um risco de ser feliz e triste.Um medo de ser pressa ou livre.Se é que isso seja um risco.

Esse sentimento que me envolve,me abraça,me espanca,depois alisa,consola,conforta e descansa.Me diz,de onde vens e para onde queres me levar?!

Aqui,junto ao mar,a resposta quero achar.Mas quando ela vem tão próxima,as ondas,a faz voltar.E num instante,tão intenso e tão imenso,encontro-me só,mas estar só,é apenas FATO,não lamentável,mas FATO.E a poesia me permite dizer que fatos são palavras não ditas,é são palavras que não são escritas ou ditas,são palavras feitas,concretas...

Esse sentimento extrai de mim,do mais íntimo de mim,a complexidade,amplitude...Aflora o que de melhor há em mim.Me traz à luz,me empurra para o palco e senta na platéia,me olhando fanático,apaixonado.

Ah...meu sentimento ambíguo,você está aqui comigo,me faz um bem-mal danado!Eh...sem você eu ESCUREÇO,com você ANOITEÇO.É...você me faz poesia,me torna o que quero ser,me lanças ao ar,me faz voar e até chorar...Mas é com você que quero ficar.