domingo, dezembro 11, 2011

Minh' alma!

Num interior denso e negro

Minh’ alma vive!

Num deserto imerso em secos ares,

Num casebre longe da fumaça da cidade, das convenções, tradições.

Minh’ alma, triste mulher do sorrir.

Só vive, insiste, assiste, resiste.

No olhar que sorrir há o coração que sangra.

Sentir refeito, ressentido, remetido, ofendido, repetido, repentino.

Sentir natural. Não banal. Informal.

Singular ser. Ser singular, porém plural.

Múltiplos e infinitos passos. (largos, curtos, profundos, escuros!)

Quem poderá conter-te?!

Quem te deterá?! Quem?! O que?!

Alma furta-cor, mística, rítmica.

Minh’ alma! Alma minha!

Meu ser, meus eus, meus sons, meus tons.

Minh’ alma, cria minha. Cria-me. Cria tua sou!

Morgana Medeiros

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